terça-feira, 26 de abril de 2011

Volta.

Volta pra mim, como se eu nunca tivesse ido, como se você nunca tivesse conhecido um outro alguém. Volta porque nunca mais encontrei um outro olhar que expressasse tanto em tão pouco tempo. Porque tudo o que eu disse foi da boca pra fora. Sabe eu não podia dizer que ainda te amava, enquanto você despejava em mim uma frase clichê de fim de relacionamento que não teve coragem pra acontecer, “o meu amor se transformou em amizade, não fique triste”. Volta porque eu ainda pareço uma idiota toda vez que te vejo chegar e tenho os mesmos medos quando te vejo ir. Volta, porque eu nunca mais me senti par de coisa alguma, e hoje eu sei que você é meu outro lado. Volta, pra você me acordar mais um milhão de vezes, com o seu silêncio me vendo dormir. Pra que eu volte a sentir urgência da vida, antes de pegar sua mão, antes de receber um toque seu. Volta por todas as burradas que eu cometi, por todos os desencontros, porque é difícil demais usar mascaras o tempo todo, pra você não se afastar. Volta para o nosso recomeço. Por todos os sorrisos seus que ando perdendo. Vem por mim, por você, por nós. Vem de qualquer maneira. Volta, e traz todas as suas partes pra juntar com as minhas. Volta pra mim? Volta.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

quando dói mais que o normal.

Hoje amanheceu doendo mais do que o normal. Talvez porque sonhei com você. E foi tão triste. Você dizendo mais uma vez todas aquelas palavras que me machucaram tanto, por eu ainda te amar demais. O som da sua voz, reduzindo a nada o que vivemos, transformaram o meu gostar de dias nublados, em um vazio maior ainda. Eu me recuso a entender o porque você insistiu  em me machucar. E depois insistiu em amor. Hoje eu acordei, as cinco da manha, com muito frio, porque ontem esperei que você me abraçasse.  Os meus atos não mais se justificam, mas eu insisto em ficar perto e em silencio, porque é só assim que eu tento fazer parar. E dói. Dói saber que te conheço o suficiente, pra saber que isso não te leva a nada. E nem a mim. Eu não sei porque as pessoas insistem em se perderem, e quando podem voltar, duvidam se ainda seria algo tão bonito. Me dói te ver virar as costas, sem dor, e dizer que está indo. Eu nunca encontro as palavras certas pra te dizer, como é que as coisas acontecem aqui dentro. Sou passiva demais pra tudo o que excede o meu tom de voz .Doeu muito mais em mim, quando era eu quem precisava ir, e não olhar para trás, por medo de não conseguir deixar você com o seu tempo, com o seu não sentir falta. Enquanto eu só sentia. Eu queria que todas as mentiras nunca tivessem existido, e que fosse muito mais fácil esquece-las. Eu queria ter certeza de que todas as vezes que precisei ficar, era em mim que você pensava. Queria o tempo que se perdeu, com todas as brincadeiras que não fiz, enquanto você insistia pra que eu parasse de ser maluca, e sempre sorria. Eu queria que você não tivesse se perdido tanto, a ponto de não saber mais voltar, e ter feito com que eu me perdesse também por estar sempre perto demais.