terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Escrever.

Preciso.Mais que respirar ou agir diante das coisas que me acontecem.Pra quem fala pouco, escrever é como gritar diante de cada injustiça não contestada, ou cada oportunidade perdida.Escrevo como quem canta um verso bonito, com a mesma intensidade de alguém que diz eu te amo pela primeira vez.Escrevo porque me acalma.Vou deixando cada fantasma em uma linha com virgulas e pontos.E em cada virgula uma nova rima, e em cada ponto  o que vem depois.Viajo em cada palavra e esqueço o tempo. A solidão. E o que vem depois, é sempre tão importante quanto antes.Antes das minhas dores mal curadas, da solidão mal interpretada e das idas e vindas de palavras que vou perdendo até chegar aqui.Vou entendendo a solidão  que é só minha, e tão necessária como imaginar um mundo como de Amelie Poulain.Escrever para mim é como a lanterna dos afogados.Em cada linha um grito novo, uma interjeição. Escrevo, eu grito.

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